Entre os dias 28 de julho e 10 de agosto, o restaurante NADI! Bistro, em Lisboa, dedica-se por inteiro a uma das mais emblemáticas iguarias da Geórgia: o Khinkali.

Para assinalar o seu terceiro aniversário, a casa organiza um festival gastronómico centrado neste prato tradicional, combinando receitas clássicas com propostas inéditas.

Instalado na zona de São Bento, o NADI! tem-se afirmado como ponto de encontro da culinária georgiana na capital. A chef Sofia Osipidi, que lidera a cozinha desde a abertura, é a responsável pelo menu especial do festival. Entre as opções incluem-se o khinkali tradicional com carne mtiuluri – um recheio de vaca com especiarias –, o khinkali de borrego e outras variações já conhecidas da casa, como os recheios de queijo cottage ou de batata (kartokha), este último numa versão vegetariana. A grande novidade é a introdução do khinkali de camarão, criado exclusivamente para esta edição do festival.

Mantendo o formato habitual, cada porção é composta por quatro unidades, com preços entre os 12€ e os 15€. A carta de bebidas acompanha a diversidade do menu, com sugestões que vão das limonadas artesanais georgianas a uma seleção de cervejas portuguesas, belgas e espanholas. Como sobremesa, foi criada uma proposta de pistácio pensada para os dias quentes de verão, de sabor fresco e textura leve.

Mais do que um simples dumpling, o khinkali é considerado um símbolo nacional na Geórgia. Nascido nas regiões montanhosas como alimento robusto para pastores e guerreiros, é hoje presença habitual nas mesas festivas do país. A sua preparação envolve uma massa fina que, ao ser cozida com o recheio cru, forma um caldo interior aromático. A forma tradicional de o consumir inclui um pequeno ritual: segura-se com as mãos pela extremidade torcida, dá-se uma primeira dentada lateral para sorver o caldo e só depois se consome o resto, deixando no prato a “cabeça” de massa.

Outro detalhe valorizado na cultura georgiana é o número de pregas no khinkali. As versões mais cuidadas apresentam entre 13 e 28 pregas, e a técnica de dobragem é considerada um gesto de respeito pela tradição, com concursos dedicados a esta arte minuciosa.

“Comer khinkali envolve um ritual próprio”, lê-se na carta, sublinhando que, apesar de não ser proibido o uso de talheres, estes são desaconselhados para preservar a experiência sensorial e o gesto tradicional que o prato exige.

Festival Khinkali no NADI!
De 28 de julho a 10 de agosto
Rua de São Filipe Néri 21, 1250-225 Lisboa
Telefone: +351 21 583 8211
Site: nadibistro.com