O Chef Artur Gomes assumiu a cozinha do ERVA, localizado na Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, em Lisboa. Os sabores da nova carta prometem ser simples e sazonais.
Artur Gomes já passou por vários restaurantes conhecidos, como é o caso do Celler de Can Roca (Espanha) e pelo Belcanto. Foi ao lado de René Redzepi que mostrou o seu talento e dias depois de terminar o seu estágio no Noma - eleito por quatro vezes o melhor restaurante do mundo -, em Copenhaga, o jovem cozinheiro entra na cozinha do ERVA, como convidado para um dos jantares Sangue da Guelra - Young Chefs With Guts, em 2018. Poucos meses depois era desafiado para chefiar a equipa do restaurante, naquela que seria a primeira experiência como chef-executivo.
No ERVA, as paredes cobrem-se de plantas e as madeiras sustentam o espaço (e os pratos). O verde é símbolo da naturalidade que o jovem chef Artur Gomes quer dar à cozinha: fazer uma abordagem sustentável ao produto nacional, com respeito pelas estações e com práticas para evitar o desperdício.
Quer uma cozinha portuguesa, “simples, minimalista, sazonal e com muito sabor”, já que Artur Gomes gosta de procurar os by-products (subprodutos) e de lhes extrair o máximo potencial em termos de sabor e textura. Quer aproveitar a matéria-prima disponível sem nunca perder a técnica, o requinte, a exigência do que se espera de uma cozinha de autor.
O cuidado com os ingredientes reflete o respeito pelos ciclos biodinâmicos da natureza, mas também o respeito pelo trabalho de todas as pessoas que interferem no desenvolvimento do produto, que cuidam dele, que o ajudam a crescer até chegar à cozinha.
Por isso, faz um trabalho de proximidade com os produtores, para colher na época certa, definindo o que é certo e errado para cada utilização, e transformar o produto de forma a evidenciar e elevar o seu sabor.
No ERVA, a par do peixe da costa portuguesa ou da carne arouquesa, vamos descobrir, o potencial de sabor de um alho francês ou de uma couve, dois dos protagonistas desta cozinha natureza.