Colheita TardiaA Quinta do Gradil lançou a primeira edição do Colheita Tardia. Com uma cor dourada, este vinho tem notas de frutos secos, tâmaras e uva passa, harmonizadas por sugestões meladas. Corria o ano de 2010 quando as cepas de Petit Manseng e Sémillon foram plantadas numa encosta sombria da Quinta do Gradil, com o objetivo de virem a produzir, um dia, um Late Harvest.

Estas castas foram selecionadas criteriosamente pelas suas nobres características, para o perfil de vinho que se pretendia. E foi no dia 4 de novembro de 2013 que se vindimaram os cachos utilizados na génese de cada uma das seiscentas garrafas de vinho produzidas.

A casta Petit Manseng, típica do sul de França, tem uma capacidade de concentração de açúcares nos seus bagos durante a maturação, enquanto mantém uma acidez distinta, frescura esta que acaba por conferir grande longevidade aos vinhos. É uma casta muito pouco produtiva, mas capaz de produzir néctares inesquecíveis. Reza até a lenda que foram utilizadas algumas gotas de um vinho produzido com Petit Manseng no batismo do futuro rei de França, o Rei Henrique IV, corria o século XVI.

Sémillon, típica do sudoeste de França, é conhecida pela sua utilização nos famosos néctares da região de Sauternes. Por ter uma película muito delicada, é bastante suscetível ao ataque de Botrytis cinerea, o fungo que origina, quando combinado com condições climatéricas muito específicas, a famosa “podridão nobre”. Consegue equilibrar doçura com acidez como poucas outras. 

A Quinta do Gradil, uma das mais antigas herdades do concelho do Cadaval, foi em tempos pertença da família do Marquês de Pombal.