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Os números da OMS dizem que 74,9% das crianças, entre os 2 e os 10 anos, não cumpre a recomendação internacional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para uma ingestão mínima de cinco porções de frutas e legumes diárias. Em Portugal, o projeto Heróis da Fruta ajuda a mudar essa realidade.
 
Esta é uma das principais conclusões do primeiro estudo, realizado vez em parceria entre investigadores da Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI) e do Instituto de Saúde Ambiental (ISAMB) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), que analisou uma amostra de 12.764 alunos, no ano letivo 2017/2018.
 
O estudo também observou as diferenças entre os vários distritos e regiões relativamente à ingestão diária de fruta e legumes e as conclusões são ainda mais alarmantes: Bragança foi o distrito que apresentou a maior percentagem de crianças abaixo das recomendações com 96,7%, seguindo-se o distrito da Guarda com 91,9%, a Região Autónoma dos Açores com 86,6%, Madeira com 85,7%, Viana do Castelo com 82,1%, Vila Real com 81,5%, Santarém e Viseu com 80,4%, Coimbra com 78,6%, Portalegre e Setúbal com 78,1%, Porto com 77,5%, Braga com 74%, Aveiro com 73,1%, Lisboa com 68,1%, Leiria com 66,5%, Faro com 66,3%, Castelo Branco com 64,3%, Beja com 61,6% e por último Évora com 59,0% das crianças a não ingerir a dose diária suficiente de fruta e legumes.


«Heróis da Fruta» ajudam a mudar hábitos

 
Aumentar o consumo de fruta na infância é a principal meta da iniciativa escolar «Heróis da Fruta» lançada pela APCOI – Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil, que no ano letivo passado verificou um aumento da ingestão destes alimentos em 41,9% das crianças participantes.
 
Em todos os distritos e regiões verificou-se um aumento do consumo diário de porções de fruta após a implementação do projeto, tendo sido o distrito de Portalegre a registar a maior subida com uma percentagem de aumento de 60,5%. Seguindo-se Setúbal com um aumento de 57,6%, Viana do Castelo com 56,4%, Braga com 74,0%, o Viseu com 46,9%, Porto com 46,1%, Guarda com 43,1%, Coimbra com 41,5%, Faro com 41,2%, Vila Real com 39,0%, Lisboa com 37,8%, Castelo Branco com 37,6%, Aveiro com 37,4%, Leiria com 37,2%, Madeira com 36,2%, Bragança com 35,8%, Évora com 35,6%, Açores com 35,5%, Beja com 33,9% e finalmente Santarém com 29,8%.
 
«Estes números vêm comprovar a importância do projeto Heróis da Fruta enquanto ferramenta de educação para a saúde. O sucesso desta fórmula vencedora é o seguinte: utiliza personagens com que as crianças se identificam combinados com desafios diários que nos ajudam a transmitir as mensagens e os comportamentos-modelo, e claro, recompensas capazes de manter os alunos e os professores motivados! Para este ano letivo que se inicia elevámos ainda mais essa fasquia,porque  haverá prémios de participação para todas as crianças que serão enviados por correio para cada escola e ainda a oportunidade de mais crianças poderem contactar ao vivo com as mascotes do projeto, entre muitas novidades e surpresas. Para se candidatarem aos prémios, basta estarem inscritas e realizarem tarefas tão simples como por exemplo a leitura de um conto». Mário Silva, presidente e fundador da APCOI
 
As inscrições para o ano letivo 2018/2019 estão abertas a qualquer sala ou turma de ensino pré-escolar ou do 1º ciclo e podem ser feitas gratuitamente no site www.heroisdafruta.com até 12 de outubro.
 
Também poderão inscrever-se bibliotecas escolares, ATL's, CATL's ou outras componentes de apoio familiar que reúnam o mesmo grupo de crianças diariamente, públicos ou privados, sendo apenas necessário um registo gratuito através do endereço www.heroisdafruta.com ou do telefone 214 866 045 até ao dia 12 de outubro de 2018.
 
Mário Silva explicou tratar-se de «uma iniciativa chave-na-mão desenhada para crianças dos 2 aos 10 anos e que todos os professores de turmas 1º ciclo ou educadores de salas de pré-escolar poderão colocar em prática de forma muito simples e gratuita».
 
 Depois de efetuar a inscrição no site www.heroisdafruta.com os professores e educadores recebem acesso aos materiais pedagógicos, sem qualquer custo.